terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sistema Cardiovascular


O Sistema Cardiovascular é uma rede de tubos de vários tipos e calibres, que comunicam-se com todas as partes do corpo. Dentro desses tubos, circula o sangue, impulsionado pelas contrações cardíacas. Dentre as funções do Sistema Circulatório, encontram-se:

1. Transporte de gases respiratórios: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com o resto do corpo através do sangue.

2. Transporte de nutrientes: de modo semelhante aos pulmões, o tudo digestivo dá lugar aos nutrientes resultantes da digestão, que vão passar pelo epitélio da parede do trato digestivo, até alcançar o sangue. Por esse caminho os nutrientes são levados ao corpo através, também, do sangue, até se dispersarem pelo líquido intersticial (MEC), nutrindo as células do corpo.

3. Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos são capazes de eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias são feitas pelo sangue do órgão que os produziu até o órgão excretor.

4. Transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um dos seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.

5. Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas/armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras partes do corpo.

6. Transporte de calor: o sangue também é responsável pelo transporte homogêneo de calor pelo corpo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todo o corpo; permite, ainda, levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.

7. Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes de defesa contra agentes infecciosos.

8. Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da medula óssea, com função na coagulação do sangue. O sangue contém, ainda, fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sanguíneo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Insurreição Pernambucana


A mais importante e decisiva mostra de descontentamento contra os holandeses estoura em 1645, sob a liderança de Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, abastados senhores de engenho, que se revoltam contra a opressão holandesa. Aderem também ao movimento o índio Poty (Filipe Camarão) e o negro Henrique Dias.

Vários combates são travados: Monte das Tabocas, com a vitória dos rebeldes, auxiliados pelo governador da Bahia, Antonio Teles da Silva; outra vitória ocorre no engenho da Casa Forte. De 1645 a 1648 a luta prossegue, estabilizando-se, pois os holandeses não conseguiam derrotar os rebeldes.

Em 1648, tem lugar a primeira batalha dos Guararapes, em que os holandeses são derrotados. A segunda dá-se em 1649, com nova vitória do lado luso-brasileiro. O rumo da luta sofre alterações, em função da mudança do quadro político Europeu: na Inglaterra, Cromwell aprova os "Atos de Navegação", em 1651, excluindo os holandeses do comércio inglês. Os conflitos aumentam e acabam provocando uma guerra naval, da qual a Holanda sai derrotada.

Esses acontecimentos trazem consequências sérias para a luta que se trava no Brasil, já que os Estados Gerais são obrigados a diminuir a ajuda aos holandeses, ao mesmo tempo em que a Inglaterra envia auxílio aos combatentes luso-brasileiros. Nesse momento, em 1653, Portugal resolve enviar uma frota de apoio ao Brasil. Todo esse conjunto de fatos assegurava a vitória dos luso-brasileiros, o que obriga a capitulação holandesa em 1654.

Surge Um Mito Chamado Nassau


Alemão de origem nobre, Johan Mauritz Nassausiegen teve a incumbêmbia de aumentar e defender a Nova Holanda, bem como apaziguar os ânimos dos Senhores de Engenho com diplomáticas concessões. Sabia de seu caráter de invasor, e por isso seria necessário realizar um governo de tolerância e benfeitorias. Foi o que fez, trazendo inúmeros intelectuais e construindo uma infra-estrutura avançada para uma colônia (Mauritztaadt). Gastando muito dos lucros da Companhia das Índias, viu-se obrigado a entregar o cargo em 1644.

Características do Governo Nassoviano:

a)
Crédito Rural: Nassau procurou viabilizar a sua administração com uma política diplomática branda, concedendo créditos aos senhores de engenho. Desta forma, a classe latifundiária começava a perceber que a dominação holandesa poderia ser benéfica aos proprietários.

b) Urbanismo: Nassau, um homem educado no espírito barroco alemão e um estadista sábio, tratou de realizar mudanças significativas em Recife (centro da Admnistração Holandesa). Associado ao pensamento arquitetônico e de beleza européia, Nassau visava também facilitar o escoamento da produção açucareira, feita essencialmente pelos rios da região. A construções de pontes e demais obras de infra-estrutura em muito se deve ao intuito de agilizar o transporte do açúcar até o Porto de Recife, e daí, para sua administração na Europa. Seguindo estes desejos de progresso e modernização urbana, algumas figuras vão se destacar, como a de Pieter Post e Jacob van Campen. Destre as contribuições urbanísticas, teremos a construção do PalácioFriburgo e inúmeras pontes fabricadas em madeira.

c) Liberdade Religiosa: Calvinistas, os holandeses adotaram práticas brandas de dominação, sobretudo com relação à religião. Sabendo do caráter católico dos dominados e de uma comunidade judaica atuante, os holandeses adotaram uma tolerância religiosa a fim de facilitar a dominação.

d) Problemática da Administração de Nassau: Sócio da Companhia das Índias, Nassau comprometeu lucros da companhia com sua política branda, sobretudo em relação aos créditos rurais. Isso deixou a cúpula da Companhia insatisfeita, chegando a retirá-lo do cargo e mudar radicalmente a política holandesa holandesa para com os dominados. Tais práticas repressoras e o fim da União Ibérica levaram os portugueses e brasileiros a empreenderem a expulsão dos invasores.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Megablocos Econômicos Mundiais


Etapas de Formação de Blocos Econômicos

1. Zonas de Livre Comércio:
Blocos buscam apenas a gradativa liberalização do fluxo de mercadorias e capitais dentro dos limites do bloco. Numa Zona de Livre Comércio a integração limita-se à questão econômica.

2. União Aduaneira:
Nota-se a extinção de tarifas alfandegárias nas relações comerciais no interior do Bloco. Nas relações comerciais externas, esses países praticam uma tarifa externa comum.

3. União Monetária:
Os membros do Bloco adotam uma moeda única e tem um banco único.

4. Mercado Comum:
Uniformização da legislação econômica, fiscal, trabalhista, ambiental, etc. Procura-se abolição das barreiras alfandegárias internas e a padronização das tarifas de comércio exterior e, ainda, uma liberalização quanto à circulação de capitais, mercadorias, serviços e pessoas no interior do Bloco.


Principais Blocos Econômicos Mundiais:

União Européia;
Importante megabloco. Sua criação está relacionada com a necessidade de fortalecer e eliminar obstáculos entre os países-membros. Atualmente, o PIB do Bloco ultrapassa US$ 10 trilhões.

Dentre as etapas da formação da UE, temos a formação do Benelux, em 1944, da CECA, em 1952, CEE, em 1957. Em 1991 é assinado o Tratado de Maastricht, que ao entrar em vigor em 1993 dá luz à União Européia, formando, então, a Zona do Euro. Em 1999, o Euro foi lançado como moeda unificada para transações financeiras e em 2002 doze dos quinze países que compunham o Bloco na época, adotaram a moeda.

NAFTA;
Área de Livre Comércio da América do Norte. Foi assinado em 1992 pelos EUA, Canadá e México, entrando em vigor em 1994. É um grande Bloco Econômico com mais de 400 milhões de pessoas, e a soma das riquezas produzidas por esses países é superior a 10 trilhões de dólares. A economia dos EUA polariza o Bloco.

Mercosul;
O Tratado de Assunção criou o Mercosul a partir de 1991. Inicialmente formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em 1996 e 1997 recebeu a adesão, respectivamente, do Chile e da Bolívia como associados (não membros) do Bloco. Em 2006 recebeu a entrada da Venezuela como mais um membro permanente. Alguns problemas internos do Bloco vêm gerando crises no Mercosul, a ponto de alguns países como Uruguai e Paraguai ameaçarem o desligamento do Bloco, pois reclamam da liderança e das vantagens econômicas de Brasil e Argentina.

APEC;
Fundada em 1993, a APEC prevê a implantação de uma Zona de Livre Comércio entre seus membros (20 países + Hong Kong). Devido às grandes disparidades econômicas entre os países membros e às disputas comerciais entre as três principais potências (EUA, Japão e China), esta integração não deve ocorrer em curto prazo. Ele prevê a abertura de mercados entre os países membros e estabelecimento de livre comércio até 2020.

ALCA;
Desde 1994, iniciaram-se as negociações para a criação de um Bloco Econômico que abrangesse todo o continente Americano, com a presença de 34 países. Segundo o projeto, seriam gradualmente derrubadas as barreiras ao comércio entre os estados-membros prevendo a isenção de tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados.

A assinatura definitiva da ALCA não parece ser nada fácil, já que depende do consenso entre os países, pois alguns deles, inclusive o Brasil, vêem o Bloco como algo negativo para suas economias e interesses dentro do continente e em nível mundial.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Quadro de Viroses


Virose, transmissão e sintomas

Influenza;

Transmissão: Jatos de secreção respiratória expelidos no ar, na forma de gotículas.
Sintomas: Coriza, obstrução nasal, tosse, cefaléia, espirro, sudorese, febre e prostração.

AIDS;
Transmissão:
Receptores de sangue contaminado em transfusões, transplantes, esperma contaminado, muco vaginal de portadoras do HIV e pelo compartilhamento de objetos furo-cortantes.
Sintomas: Dependerá dos níveis de linfócitos T4: acima do nível crítico -> assintomática (soro positivo). Próximo ao nível crítico: cansaço, tosse, perda excessiva de peso, diarréia inflamação dos gânglios linfáticos e sudorese noturna. Abaixo do nível crítico: surgem doenças oportunistas como a pneumonia.

Varíola;
Transmissão:
Contato direto com objetos contaminados (copo, prato, talheres) ou indireto (ar) com gotículas de saliva de pessoas contaminadas.
Sintomas:
Pústulas (bolhas de pus) grandes e numerosas, que deixam cicatrizes no rosto e no corpo. Prostração e febre.

Poliomielite;
Transmissão:
Contato fecal-oral ou pela água, alimentos e/ou objetos contaminados ou por secreções.
Sintomas:
Sintomas semelhantes ao da gripe (10% dos casos) e paralisia de membros inferiores.

Herpes;
Transmissão: Tipo I: contato direto de uma lesão infectada de um indivíduo para a pele ou mucosa de uma pessoa não infectada.
Tipo II: relações sexuais (DST).
Sintomas: Lesão cutânea avermelhada com grupamento de pequenas bolhas de cor clara ou amarelada, podendo formar crostas e desaparecerem periodicamente.

Caxumba;
Transmissão: Contato direto (objetos) ou indireto (ar) com gotículas de saliva de pessoas contaminadas, penetrando pela boca.
Sintomas:
Aumento de uma ou ambas as glândulas parótidas. Pode gerar comprometimento do sistema nervoso central e testículos, resultando em surdez e esterilidade.

Sarampo;
Transmissão: Contato com secreções nasofaríngeas.
Sintomas:
As manifestações iniciais são febre alta, tosse rouca e persistente, coriza e conjuntivite. Após surgem manchas avermelhadas na pele, incialmente no rosto, e progridem em direção aos pés, com duração de, pelo menos, 15 dias.

Hepatite;
Transmissão: Tipos A e E: contaminação direta de pessoa para pessoa ou através do contato com alimentos e água contaminados por fezes de doentes (ostras também). Tipos B, C e D: transfusão sanguínea, tatuagens, usuários de drogas, piercings, no dentista e em manicures.
Sintomas: Icterícia. Pode ocorrer urina com a cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro.

Raiva;
Transmissão: Saliva do animal infectado, principalmente pela sua mordida.
Sintomas:
Surge um quadro de febre, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite, enjôos, irritação, ansiedade, mudanças de comportamento.

Catapora;
Transmissão: Contato (direto ou indireto) com gotículas de saliva de pessoas contaminadas.
Sintomas:
Febre e erupções pruriginosas.

Dengue;
Transmissão: Picada do mosquito "Aedes aegypti".
Sintomas: Dor de cabeça, dor nos olhos, febre alta, dor muscular e nas articulações, manchas avermelhadas pelo corpo, falta de apetite, fraqueza e hemorragias.

Febre Amarela;
Transmissão:
Intermediada por mosquitos do mesmo gênero (Aedes) do da Dengue;
Sintomas: Febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios.

Rubéola;
Transmissão:
Contato direto com secreções respiratórias e pela saliva, ou via sanguínea, no caso do feto, a partir do contato com o sangue afetado da mãe (lembrar que o sangue do feto só entra em contato com o da mãe no momento do parto).
Sintomas: Febre, dores nos músculos e articulações, prostração, dor de cabeça e corrimento nasal transparente e, posteriormente, manchas na pele.

Ebola;
Transmissão:
Contato físico direto com sangue e outros fluidos corporais e também quando se toca em corpos mortos.
Sintomas: Dor de cabeça, hemorragia por todos os orifícios do corpo (depois de 5 a 7 dias de febre), vômitos sangrentos, dores na articulação e musculares, redução da urina.

Câncer;
Transmissão:
Alguns tipos de canceres são determinados pela infecção por vírus, que ordenam a multiplicação celular desordenada.
Sintomas: Na maioria dos casos o quadro inicial é assintomático, aparecendo sintomas diversos em estágios mais avançados, como no câncer do colo uterino.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Expansão Marítima Européia


No século XIII, em função do Renascimento Comercial e Urbano, iniciado em séculos anteriores com as Cruzadas, encontramos uma intensa atividade mercantil. Essa economia mercantil cada vez mais monetarizada era marcada por fortes contatos com o Oriente e tinha como eixo principal o mar Mediterrâneo, na época, transformado, outra vez, num verdadeiro lago italiano; dos mares Negro e Egeu até o estreito de Gibraltar, os mercadores italianos atingiam os mais remotos pontos de comércio do Velho Mundo. Disso resultou a importância de cidades italianas como Veneza e Gênova, uma vez que os seus comerciantes detinham o controle dos grandes entrepostos comerciais da borda oriental do Mediterrâneo, como Alexandria, Beirute e Constantinopla, capital do Império Bizantino e um grande empório comercial. Na parte setentrional da Europa, o mar Báltico e o do Norte eram palco de intenso tráfico mercantil. Em terra, as rotas dos mercadores cortavam o continente em várias direções, pontuadas pelas movimentadas feiras de comércio.

As cidades viam crescer sua população, especializando-se na produção para mercado e nas transações comerciais. No século XIV esse quadro se inverteu. A Europa foi assolada pela trilogia fome, pestes e guerras, expressão direta da crise geral do feudalismo, onde não faltavam rebeliões camponesas e as revoltas de artesãos nos principais centros manufatureiros da época. Além de abalar decisivamente a economia feudal (essencialmente agrária e decadente) essa crise abateu também o ativo comércio mediterrâneo, neste século, marcado pela grande estagnação que se estendeu até o início do século seguinte (XV). Neste século, a situação do comércio e da burguesia européia era crítica, tornando-se vital, portanto, a reativação do comércio com as regiões orientais, vista como única forma de recuperação da abatida economia mercantil-monetária.

Fatores do Expansionismo Mercantil Europeu

1.Econômicos
No plano econômico,
a Expansão Marítima deve ser entendida como saída para a superação das crises que atingiram a Europa no século XIV e início do XV. Isso se daria através da retomada do lucrativo comércio oriental, como citado anteriormente no texto acima, no qual se destacavam artigos de luxo e as famosas especiarias, que não passam de qualquer produto exportado. Para que essa retomada fosse possível, era necessária a conquista de novas frentes de comércio e novas rotas marítimas para as "Índias", expressão genérica para denominar o Oriente. Essas novas frentes comerciais foram estabelecidas com os centros mercantis do norte da África e no litoral atlântico-africano.

A necessidade de novas rotas marítimas para o Oriente, por sua vez, devia-se ao controle dos comerciantes árabes sobre os mercados do Oriente Médio, Índia, China, Japão e outras praças asiáticas e ao monopólio das cidades italianas na circulação da rota do Mediterrâneo. Finalmente havia a necessidade de metais preciosos usados na cunhagem de moedas, na época escassa na Europa e essenciais para reativação do rico comércio oriental.

2. Políticos
Entre os fatores políticos,
encontramos a centralização do poder real nas mãos dos reis, que assinalou a formação das monarquias nacionais européias, pois somente um Estado politicamente centralizado poderia, do ponto de vista econômico e administrativo, planejar e executar a empresa expansionista. Outro fator político foi a aliança entre os monarcas europeus e a burguesia mercantil; esta, embora fosse uma classe enriquecida, era ainda extremamente dependente da ação do Estado, o único capaz de mobilizar recursos materiais e humanos em escala nacional e, ao mesmo tempo, de adotar medidas protecionistas à sua atividade econômica.

3. Sociais
No plano social,
a ascensão da burguesia e o processo de crescimento urbano, que se refletia diretamente no aumento do consumo dos produtos orientais, caracterizando a modificação dos hábitos e costumes da população das cidades européias da época.

4. Culturais
Culturalmente,
encontramos a influência dos ideais filosóficos do humanismo renascentista, promovendo uma maior valorização do conhecimento do homem e do seu mundo. Além disso, a Renascença contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento das navegações, aprimorando e aperfeiçoando conhecimentos técnicos, como os aparelhos de orientação e desenvolvendo as ciências e os estudos que revolucionaram a arte náutica.

5. Religiosos
No terreno religioso,
o movimento expansionista apresentou-se como uma grande Cruzada. O ideal cruzadista, entretanto, deve ser visto como justificativa para a empresa ultramarina, fornecido pela Igreja Católica e pela nobreza feudal, intimamente relacionado à luta contra o mundo muçulmano.

Em função desses fatores, o processo das Grandes Navegações assumiu três orientações mutuamente complementares:

. A exploração mercantil do litoral norte e atlântico da África, iniciada por Portugal no século XV;
. O descobrimento, a conquista e a colonização da América, empreendidos por Portugal e Espanha, basicamente, no século XVI;
. Nesse mesmo século, a formação do Império Português no Oriente, estabelecendo uma nova frente comercial com o Oriente.

Formação das Monarquias Nacionais Modernas (II)


As Monarquias Francesa e Inglesa

A formação da França:
foi bastante lenta, reflexo da Guerra dos Cem Anos que, quando termina, com a vitória francesa, está consolidada a monarquia com a Dinastia dos Valois, seguindo-se a estes os Bourbon.

A formação da Inglaterra: a Inglaterra teve também um lento processo de unificação política, marcado por avanços e recuos, especialmente por causa da Guerra dos Cem Anos contra a França. Ao final desta Guerra, com a Inglaterra derrotada e com o fim da Dinastia Plantageneta, o país se vê em uma outra guerra, desta vez de caráter interno pela posso do trono inglês, entre as famílias Lancaster e York. A chamada Guerra das Duas Rosas teve início em 1455 e terminou em 1485 com a subida dos Tudor ao poder.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Formação das Monarquias Nacionais Modernas (I)


As Monarquias Portuguesa e Espanhola

A unificação política da Espanha, bem como a de Portugal, não está associada a uma significativa evolução da economia capitalista-burguesa, não surgindo, portanto, como resultado da aliança entre a realeza e a burguesia, como ocorreu na França e na Inglaterra. Fundamentalmente, ela se originou da necessidade que tiveram os nobres de se reunir no combate contra os muçulmanos durante a Guerra da Reconquista.

Durante séculos, os cristãos lutaram contra os muçulmanos pela recuperação do seus territórios. Essas lutas tornaram-se mais intensas a partir do século XI, com a influência do espírito das Cruzadas. Da Guerra da Reconquista contra os mouros nasceram, ao longo dos séculos XI e XII, os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão.

Castela e Aragão acabaram por anexar Leão e Navarra, bem como os novos territórios reconquistados pelos cristãos. Em 1469, com o casamento dos reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, os dois reinos se unificaram. A conquista de Granada, em 1492, por Fernando de Aragão eliminou o domínio muçulmano na península Ibérica e encerrou o processo de formação da monarquia nacional espanhola.

Também relacionado ao processo de reconquista, está o surgimentodo reino de Portugal. Durante a Baixa Id. Média, os embates entre cristãos e muçulmanos atraíam grande número de cavaleiros medievais (não existia Exército). Esses cavaleiros dispunham-se a apoiar os reinos Ibéricos em troca de benefícios ou concessões. Entre esses nobres, distinguiu-se Henrique, da casa de Borgonha. O auxílio prestado ao rei Afonso VI, de Leão, valeu-lhe o casamento com uma das filhas do monarca e o recebimento, a título de dote, do Condado Portucalense.

Em 1139, sob a liderança de Afonso Henrique, filho de Henrique de Borgonha, o Condado Portucalense proclamou sua independência. Surgia, assim, o reino de Portugal, governado pela dinastia de Borgonha. Durante o reinado dessa Dinastia, o reino expandiu seus territórios, conquistando aos mouros terras localizadas ao sul do país.

Em 1383, morria Dom Fernando, o último rei da Dinastia de Bogonha, iniciando-se uma disputa pela sucessão do trono. A nobreza ambicionava entregar a coroa ao rei de Castela, genro de D. Fernando, enquando o grupo mercantil sentia, nessa união, uma ameaça aos seus interesses, devido ao caráter acentuadamente feudal da política de Castela.

O acirramento das tensões entre burguesia e a nobreza propiciou a Revolução de Avis: o grupo mercantil, os populares, chamados de "arraia miúda" e os nacionalistas em geral uniram-se a Dom João, o Mestre de Avis, irmão bastardo do finado D. Fernando, para enfrentar a nobreza e os castelhanos. Em 1365, com a derrota dos castelhanos na batalha de Aljubarrota, D. João foi aclamado rei de Portugal, inaugurando um forte Estado Nacional.

A ascensão de D. João intensificou a integração de interesses entre o rei e a burguesia comercial. Buscando maior poder, o rei passou a realizar conquistas que beneficiavam a burguesia, ao ampliar o mercado para seus produtos; paralelamente, a ampliação do comércio começou a gerar maior arrecadação de impostos, beneficiando o rei. Foi a comunhão desses interesses que possibilitou a expansão ultramarina portuguesa.

Mundo Multipolar


O fim da Guerra Fria fez ruir o "Mundo Bipolar" e permitiu a formação de novas áreas de poder e de influência mundial, criando, assim, a "multipolaridade", onde a importância econômica é muito mais relevante nas decisões internacionais que a importância militar.

Como principais consequências da queda da bipolaridade temos:

. A crescente entrada dos antigos países comunistas na economia-mundo;
. Intensificação da criação de blocos econômicos;
. Aumento do abismo entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos;
. Criação de grandes redes de comunicação;
. "Encurtamento" das distâncias mundiais (desenvolvimento e popularização de meios de transportes mais ágeis e seguros).

O Processo de Globalização

A Globalização
é o processo através do qual se expende o mercado e onde as fronteiras nacionais parecem até mesmo desaparecerem. Trata-se da continuação do processo de internacionalização do capital, que se iniciou com a expansão do comérico de mercadorias e serviços, passou pela expansão dos empréstimos e financiamentos e, em seguida, generalizou o deslocamento do capital industrial através do desenvolvimento das multinacionais.

Desde que as sociedades estabeleceram contatos entre si, houve troca de informação, de técnicas e de cultura. Em determinados períodos da história humana esses contatos foram acelerados. As Grandes Navegações e as expansões colonial e imperialista foram alguns dos momentos que permitiram, principalmente aos europeus, expandirem sua civilização e ampliar os espaços de lucros.

No entanto, foi a partir da segunda metade do século XX que se intensificou o processo de Globalização com o aumento da mobilidade das atividades transnacionais, a introdução de novas tecnologias da informação e das telecomunicações, a expansão global da produção e do capital e a interligação acelerada dos mercados.

A despeito da intensificação das trocas de toda a natureza, a Globalização não trouxe melhorias em proporção semelhante para todo o planeta. Os países muito pobres continuam praticamente excluídos da dinâmica economia mundial e dos benefícios que essa integração mundial pode trazer para a qualidade de vida de suas populações.

A Globalização Cultural

Na cultura vem ocorrendo uma integração mundial, na medida em que o planeta parece estar ficando menor e que todos se conhecem. Por isso, muitos falam em aldeia global para se referir a esta condição de comunicações instantâneas e de alcance planetário. Além disso, há uma certa uniformização de hábitos: fast-foods, jeans, coca-cola, etc.

A Criação de Redes

A Globalização só se tornou possível com a utilização dos avanços tecnológicos, que possibilitaram a maior aceleração já vista. As novas tecnologias de informação e comunicação permitem o processamento e o armazenamento de grande quantidade de informação e sua distribuição a todos os países. Formam-se redes técnicas que possibilitam a circulação de idéias, do capital, de pessoas e de mercadorias num ritmo acelerado, criando uma interconexão dos lugares em tempo instantâneo.

Entre as novas tecnologias resultantes da Terceira Revolução Industrial que têm permitido maior rapidez no processamento e na transmissão de informações temos:

. Satélites;
. Microeletrônica;
. Informática;
. Telecomunicações;
. Cabos de fibra óptica.

Barroco


"O Barroco, mais do que um estilo da época, pode ser uma estratégia de representação e de organização do pensamento. Neste sentido, ele é intemporal. Transcende os séculos XVII e XVIII." Affonso Romano de Sant'Anna, 2000.

Barroco é a expressão artística que reúne um conjunto de características estéticas e formais que pretendia conciliar os conflitos do homem seiscentista, o que não é atingido, persistindo os dilemas. Para entendermos o Barroco, é bom analisarmos os acontecimentos que desencadearam os conflitos vividos pelo homem barroco.

Renascimento: A retomada dos valores da cultura clássica, que dominou nas três primeiras décadas do século XVI (Antropocentrismo), favorecendo-se de novos conhecimentos científicos, valorizando os prazeres terrenos.

Grandes Navegações: Ampliação dos horizontes.

Reforma Protestante: Liderada por Lutero, desencadeou a divisão e reestruturação da Igreja.

Contra-Reforma: Resposta da Igreja Católica, que buscou reprimir a liberdade cultural e religiosa, reafirmando as posições da própria Igreja Católica.

Economia: A Revolução Comercial firmada no mercantilismo, favorável ao acúmulo de capitais.

Política: O autoritarismo político consolidado no absolutismo que centralizava todos os poderes nas mãos do rei.

A arte barroca reflete o homem dividido entre o racionalismo, o prazer, a riqueza. Antropocentrismo e a renúncia a esses prazeres por pressão religiosa (Teocentrismo).

O Barroco também é denominado:

Eufuísmo (Inglaterra): Influenciado pelo título do romance "Euphes or the Anatomy of wit", de John Lyly.

Gongorismo (Espanha): Sinônimo de Barroco na Espanha, influência do poeta Luís de Gôngora y Argote.

Marinismo (Itália): Influência do poeta Giambattista Marini.

Preciosismo (França): Forma extremamente elaborada, rebuscada na corte de Luís XIV, o rei Sol.

Silesianismo (Alemanha): Influência dos escritores da Silésia, que deu origem à Escola Silesiana.

Características:

Cultismo ou Gongorismo:
Linguagem rebuscada, culta; explora o sensorial como cor, forma, som; caracteriza-se pelo jogo de palavras e pelo excesso de figuras de linguagem.

Conceptismo ou Quevedismo: Influência do espanhol Quevedo, é o jogo de idéias, conceitos, raciocínio lógico, utiliza retórica elaborada.

Carpe Diem: Consciência de que a vida é efêmera, daí o desejo de gozá-la, ao mesmo tempo em que quer preparar-se para a salvação, mas pecando não há salvação (dualidade).

Pessimismo: Por viver na dúvida, apresenta uma visão atormentada do mundo.

Religiosidade: Conflituosa, na certeza da insignificância diante de Deus, busca o perdão divino.

Dualidade: Arte da dúvida, do conlito, do dilema, que se expressa através de antíteses, paradoxos e oxímoros.

Fusionismo: Apesar de expor os conflitos, o homem barroco tenta uni-los, conciliá-los por meio de figuras de linguagem.

Conotação e Denotação


Para iniciar a discussão sobre Denotação e Conotação, vou expor um texto de Mário Quintana, editora Globo, 1983. Caderno H. Porto Alegre.

O trágico dilema
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.


Depois da passagem, pergunto: como entender a palavra "burro"? Evidentemente, não está sendo usada para designar o animal quadrúpede, asinino. Está empregada no sentido figurado, significando "aquele que não possui inteligência, estúpido, tolo". O simples fato de a palavra "burro" ser empregada como adjetivo já indica que se trata de um uso expandido, ou seja, o senso comum entende que o burro é um animal teimoso, estúpido, que dificilmente assimila o que lhe é ensinado. Dessa forma, percebemos que uma mesma palavra pode apresentar diferentes significados, ocorrendo duas situações:

Denotação - a palavra apresenta-se em seu sentido básico, tal como aparece no dicionário.
Conotação - a palavra apresenta-se com seu significado alterado, permitindo diferentes interpretações, sempre dependendo do contexto em que aparece.

Artigos Indefinidos e Definidos


Os artigos indefinidos em Inglês são A e AN. Ambos correspondem a "um" e "uma", entretanto...

A- artigo indefinido usado antes de palavras no singular:

.
Iniciadas por consoantes: a violin, a Belgium vase, a great story, a couple ou weeks, a box.
. Iniciadas por U, EU e EW com som de /ju:/ : a uniform, a university, a unic painting, a eunuc, a eucallyptus tree, a ewe.
. Com "h" consonantal: a hospital, a hallow piece of wood, a helicopter, a humble man.
. Palavras compostas iniciadas por "one": a one-star hotel, a one-way street, a one-chapter book.

AN- artigo indefinido usada antes de palavras no singular:

.
Iniciadas por vogal: an incredible journey, an octopus, an expert, an umbrella.
. Iniciadas por "h" mudo: an honest man, an heir, an herbal tea bag, an honorable family.
. Que são abreviadas e que a primeira consoante seja vocalizada: an X-ray, an MTV program, an FM radio station.

Em algumas expressões o uso do artigo indefinido é necessário:

. Frases exclamativas:


What a horrible test I had!
What an honor!
What a beautiful picture!
What an envious girl!

O único artigo definido em Inglês é o THE, e este pode ser tanto singular como plural, correspondendo assim a o, a, os e as.
Seguem algumas regras exigidas no uso do THE:

. NÃO usá-lo antes de pronomes demonstrativos, possessivos, nomes próprios.
. NÃO usá-lo antes de continentes, países*, estados, cidades, condados, ruas e lagos. *a não ser que venham com as palavras Union, United ou Republic ou que sejam no plural (the Netherlands, the USA, the United Kingdom, the Republic of Iceland).
. Usá-lo antes de oceanos, grupos de montanhas, grupo de ilhas, rios e desertos.
. Usá-lo antes de sobrenomes no plural (the Johnsons), substantivos únicos da espécie (the sun, the moon), das palavras language (the Portuguese language), de instrumentos musicais (the harmonica, the trumpet).
. Para substantivar adjetivos. Nunca virá acompanhado de um substantivo, apenas do adjetivo (the poor, the rich. Nunca the poor people ou the rich people).

Origem da Vida


Ao longo do tempo, algumas hipóteses e teorias foram formuladas por filósofos e cientistas, com o intuito de explicar como teriam surgido os seres vivos que habitam a Terra.

A formação do planeta Terra data de aproximadamente 4,5 bilhões de anos atrás. Os primeiros indícios de vida conhecidos são de 3,8 bilhões de anos, que representam apenas evidências químicas. Registros de vida, baseados em fósseis de procariontes, são de 3,5 bilhões de anos, encontrados na África do Sul. As células eucarióticas teriam surgido há cerca de 2000 a 1400 milhões de anos, seguidas dos organismos multicelulares há mais ou menos 700 milhões de anos. Nesse espaço de tempo, os fósseis são abundantes, indicando um processo evolutivo rápido.

Todas as evidências parecem apontar para que os seres vivos eucariontes teriam sido originados a partir de procariontes. A principal teoria atual considera que alguns dos organismos característicos das células eucarióticas tiveram origem em procariontes que se adaptaram à vida por endossimbiose.

Teoria da Abiogênese
Essa teoria (Abiogênica ou de Geração Espontânea) admite o aparecimento da vida a partir da matéria bruta de um modo contínuo. Os defensores dessa hipótese acreditavam que determinados materiais brutos conteriam uma força ("princípio ativo") capaz de comandar uma série de reações que transformariam o material inanimado em vida.

Principais defensores da Abiogênese:
Aristóteles;
van Helmont;
Leeuwenhoek;
John Needham.

Teoria da Biogênese
Surgiu para combater a Abiogênese e defende a idéia de que somente um ser vivo pode originar outro por meio da reprodução. Os principais defensores dessa teoria foram Francesco Redi, Lazzaro Spallanzani e Louis Pasteur.

O Mundo Bipolar


Relação Capitalismo x Socialismo

Durante a II Guerra Mundial,
os Estados Unidos e a União Soviética estiveram unidos em prol de um objetivo em comum: a derrota dos países liderados pela inimiga Alemanha.

Depois da Guerra a aliança foi desfeita e as duas nações passaram a rivalizar entre si numa corrida armamentista, tentando ganhar mais influência e hegemonia. Começava, agora, a Guerra Fria. Antes de discutir a Guerra Fria, vou pontuar alguns aspectos importantes sobre Capitalismo e Socialismo.

Socialismo;
. Sistema político onde todos os meios de produção pertencem ao Estado, onde não existe direito à propriedade privada e, em tese, a desigualdade social. Sua instalação se dá após a Revolução Russa (1917). Em 1922 temos a criação da União das Repúblicas Soviéticas (URSS), que torna-se a grande identidade socialista no mundo. A partir daí o regime passa a ser visto com bons olhos por outras nações, ideológica ou militarmente.

Capitalismo;
. Sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção, no lucro, nas decisões quanto ao investimento de capital feito pela iniciativa privada, e com a produção, distribuição e preços dos bens, serviços e exploração da mão-de-obra afetados pelas forças da oferta e da procura.

Assim, podemos definir a Guerra Fria como um conflito político-militar-ideológico, em que o mundo foi praticamente dividido em dois blocos vencedores da II Guerra. Surge o Mundo Bipolar.

Praticamente todos os eventos político-militares entre 47 e 89 estiveram relacionados com a Guerra Fria. Em 1947, Harry Truman lança a Doutrina Truman, cujos princípios norteariam a rivalidade entre URSS e EUA. A Doutrina Truman buscava a contenção da disseminação do Socialismo, ajudando a dar início ao conflito armamentista.

Ainda em 1947, os EUA lançam o Plano Marshall (plano de reconstrução da Europa), que consistia em uma ajuda financeira de grandes proporções para ajudar a destruída Europa pós-guerra, e consolidar o Capitalismo na Europa Ocidental (já que a Oriental estava praticamente tomada pelo Socialismo). Em Resposta ao plano econômico estadunidense, a URSS propôs-se a ajudar seus países aliados, com a criação do COMECON. Consiste em um conselho que tinha como meta a recuperação da Europa Oriental (Leste Europeu).

Fatos que marcaram a história da Guerra Fria

. Divisão da Alemanha (1948-49):
Após a derrota alemã na II Guerra, os países vencedores lhe impuseram sanções, entre elas, a divisão do seu território em 4 zonas de influência, cada uma liderada por uma nação vencedora da Guerra: França, URSS, EUA e Reino Unido. Berlim também foi dividida, mesmo estando totalmente em território de influência Soviética.

Em 1949 as zonas americana, britânica e americana se unificaram, fundando a Alemanha Ocidental, ou República Federativa da Alemanha, e da zona Soviética nasceu a República Democrata da Alemanha, ou Alemanha Oriental.

. Criação da OTAN e do Pacto de Varsóvia: Em 1949 os EUA e o Canadá, juntamente com a maioria da Europa capitalista, criaram a OTAN. Uma aliança militar com o objetivo de proteção internacional em caso de um suposto ataque dos países do leste europeu. Em 1955, em respota à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia para unir forças militares da Europa Oriental. A tensão criada acentuou-se com o início da corrida armamentista, cujo "vencedor" seria a nação que produzisse mais armas e mais tecnologia nuclear.

. Guerra da Coréia (1950-53): Primeiro grande confronto militar entre capitalistas e socialistas durante a Guerra Fria. Em 1945 a Coréia foi dividida em duas zonas de influência, uma ao norte, comunista (influência de China e URSS) e outra ao sul, capitalista, com apoio de nações Ocidentais. Em 1950 a Coréia do Norte invadiu e ocupou a capital sul-coreana, Seoul, desencadeando um conflito armado.

. Crise dos Mísseis (1962): Em 1962 a URSS foi flagrada construindo tecnologia nuclear em Cuba. Segundo o Presidente Soviético, Khruschev, a medida era essencialmente defensiva, para evitar que os EUA tentassem nova investina contra os cubanos. Logo, o presidente americano John Kennedy ordenou quarentena à Cuba, posicionando navios militares no mar do Caribe e fechando os contatos marítimos entre URSS e Cuba. A crise foi o momento mais próximo da detonação da Guerra Nuclear entre as duas potências cujos estragos seriam incalculáveis.

. Guerra do Vietnã (1957-75): Foi um dos maiores confrontos militares envolvendo capitalistas e socialistas no período da Guerra Fria. Opôs o Vietnã do Norte e guerrilheiros pró-comunistas do Vietnã do Sul contra o governo pró-capitalista do Vietnã do Sul e os EUA. É considerada como uma das maiores derrotas sofridas pelos EUA em sua história.

O Fim da Guerra Fria

A partir da década de 70
o modelo econômico socialista começa a desgastar-se, faltava agilidade e o planejamento estatalengessava setores básicos da vida da sociedade. Além disso, as grandes quantias gastas com pesquisa e em armamentos nucleares, a corrida espacial e os gastos com pessoal agravavam ainda mais a crise socialista.

A indústria de base da URSS não acompanhou o desenvolvimento tecnológico de outros setores, o excessivo controle do Estado na economia e nos meios de produção acabou por causar um grande colapso na economia soviética.

A partir de 1985, o governo de Gorbatchev promove alterações na estrutura política (Glasnost) e sócio-econômica (Perestróika) da URSS. A fim de diminuir gastos armamentistas, Gorbatchev firma vários acordos com os EUA promovendo o desarmamento. Os efeitos das transformações soviéticas atingiram países do Leste Europeu, provocando a queda de seus regimes e a redemocratização com o estabelecimento de eleições diretas.

A queda do muro de Berlim (1989) e a reunificação alemã (1990) são considerados marcos importantes da reestruturação ocorrida no Leste Europeu. Porém, o decreto do fim da URSS (1991) e a criação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes) marcam o fim da Guerra Fria e do Mundo Bipolar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Decadência do Feudalismo


No período da Baixa Idade Média, período a partir do século XI no qual o Feudalismo deu seus primeiros sinais de crise e começaram a surgir as primeiras características que levaram ao capitalismo; ao lado das intensas transformações econômicas e sociais, a crise feudal e o início da formação do capitalismo geraram profundas mudanças de natureza política. A autonomia das cidades, mecanismo inicial da atividade comercial, não sobreviveu a um fenômeno mais forte, que foi a centralização do poder real, dando origem às Monarquias. Vejamos as principais razões e origens dessa crise feudal:

1. Componente basilar do feudalismo, oriundo de sua própria organização econômica e social foi o rudimentar nível técnico da produção agrícola. Desta forma, para enfrentar o crescimento demográfico, a saída foi ocupação de novas terras, as quais foram sendo incorporadas como áreas de cultivo ao longo de toda a Alta Idade Média, verificando-se aumento da produção em números absolutos sem aumento de produtividade para atender às necessidades de uma população crescente.

2. A saturação das estruturas produtivas feudais aliadas ao crescimento incessante dentro dos feudos trouxe um efeito crucial ao ruir do pressuposto fundamental do feudalismo: a subsistência não era mais atingida, tendo como consequência a fome, seguida pela expulsão do excedente populacional dos feudos.

3. A necessidade de sobrevivência dos grupos excluídos gerou o desenvolvimento de atividades não agrícolas nos centros urbanos.

4. A nobreza despossuída de terras não consegue, com a simples aliança com a Igreja, atender o crescente número de nobres sem terras. Para esta parcela da nobreza, o rompimento com os limites feudais era necessário.

As crises da sociedade feudal não devem jamais ser suprimidas, haja vista o caráter de desarrumação que provocaram. As fomes e as epidemias dizimaram uma considerável parte da população, diminuindo o mercado consumidor e a mão-de-obra. As gueras (principalmente a dos Cem Anos), desarticularam a produção e o comércio, principalmente na Inglaterra e na França, e fizeram surgir uma violenta carga tributária (impostos) para suprir os gastos militares. Isto vinha mostrar o estado por que passava o feudalismo, não mais atendendo aos anseios de uma Europa crescente e urbanizada.

O fim da Idade Média pode ser definido, no Ocidente, pelo fortalecimento da aliança burguesia-realeza e o estabelecimento dos Estados Nacionais, em contrapartida ao descentralizado e caótico mundo feudal. Essa política centralizadora logo sobrepujou os senhores feudais, que se viram obrigados a uma integração definitiva na nova política vigente. A partir disto, surge a história portuguesa, com seu pioneirismo centralizador, fazendo-se o primeiro Estado Nacional europeu.

Contribuíram para a centralização do poder real dando origem às Monarquias, o enfraquecimento da nobreza, ao mesmo tempo se intensificaram as revoltas camponesas que não conseguiam ser detidas pelos mecanismos feudais de defesa. A própria sobrevivência da nobreza dependia de um poder forte, capaz de conter massas camponesas e a ascensão política da burguesia e garantir a eles (nobres) a manutenção de suas terras, de sua condição hegemônica e seu poder.

Do seu lado, a burguesia tinha interesse na formação de estados fortes, pois uma administração centralizada reduziria a grande diversidade de moedas em circulação, padronizaria os tributos e as práticas legais, o que permitiria um maior desenvolvimento comercial, por fim, diminuiria os incontáveis pedágios internos que oneravam os preços das mercadorias. Além disso, uma Monarquia forte representaria um enfraquecimento do poder da Igreja, que condenava o lucro (ruim para a burguesia).

Princípios e Métodos da Geografia


1. Princípio da Extensão:

Enunciado por Ratzel. Ao estudar um fato geográfico, ou uma área, o geógrafo deveria, inicialmente, estabelecer os limites da área ou fatos. Ex.: Mapeamento de uma região para estudar alguns elementos geográficos.

2. Princípio da Analogia ou da Geografia Geral:

Karl Ritter. A área em estudo pode ser comparada com o que se observa em outras áreas, estabelecendo-se semelhanças e diferenças. Ex.: Comparar áreas de florestas equatoriais da Amazônia, Ásia e África, ou o relevo da Zona da Mata Nordestina com alguns trechos da região Sul.

3. Princípio da Causalidade:

Humboldt. Observando-se os fatos, deve-se procurar as causas que o determinaram, estabelecendo relações de causa x efeito. Ex.: Causas do efeito estufa.

4. Princípio da Conexidade ou Interação:

Jean Brunhes. Estabelece que os fatos geográficos físicos ou humanos nunca aparecem isolados, estão sempre interligados. Na elaboração das paisagens, nenhum dos fatores físicos ou humanos agem isoladamente, a ação é sempre feita de forma integrada com outros fatores.

5. Princípio da Atividade:

Brunhes. O fato geográfico é dinâmico, o espaço está em constante reorganização, transformação, graças à ação ininterrupta de vários fatores. A compreensão do presente depende de uma análise do passado, ou seja, do estudo auxiliar da história.

Escolas/Correntes Geográficas

1. Determinista:
Escola Alemã. Fundada por Ratzel, diz que o espaço natural determina as formas de sua ocupação pelo homem. Nesta visão o homem é um produto do meio geográfico em que vive, não possuindo condições de modificá-lo. O homem é submisso ao meio. Na verdade, esta crença serviu para o pensamento do capitalismo imperialista alemão. Esta idéia tentava justificar o "poderio" de uns, em detrimento da "fraqueza" de outros. Desta escola nasce o conceito de "Espaço Vital", que vai ser discutido nos estudos de história (especialmente da Alemanha na II Grande Guerra).

2. Possibilista: Escola Francesa. Surgiu em oposição à Escola Alemã. O grande idealizador desta escola foi Paul Vidal de La Blache. Afirmava que a natureza exerce influência sobre os seres humanos, mas as pessoas poderiam escolher e modificar o espaço físico conforme o grau de desenvolvimento de suas capacidades. O homem cria possibilidades de transformar a natureza. La Blache deu ênfase aos estudos regionais e inaugurou o conceito de "gênero de vida", que nada mais é do que a expressão da relação entre determinada população e os recursos disponíveis.

3. Quantitativa: Para os autores que defendem esta corrente, fenômenos geográficos poderiam ser explicados com o uso de métodos matemáticos.

4. Crítica: Fruto de uma postura crítica radical, frente à Geografia Tradicional ou a Quantitativa. Os autores desta escola se posicionavam por uma transformação da realidade social. Eles assumiram o conteúdo político do conhecimento científico, propondo uma geografia militante, que lute por uma sociedade mais justa. A geografia serve para romper o status quo vigente. Deve estar comprometida com a melhoria das condições humanas. Segundo Milton Santos, "o espaço é a morada do homem, mas também pode ser sua prisão".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sistema Respiratório


Função: troca de gás oxigênio e gás carbônico.
Mecânica: a ventilação dos pulmões ocorre por contrações/relaxamentos musculares que alteram a pressão na cavidade torácica

Troca Gasosa
1. Lei de Dalton:
em uma mistura gasosa, a pressão de cada componente é independente da pressão dos demais, a pressão total é igual a soma das pressões parciais dos componentes.

2. Lei de Henry: a solubilidade de um gás em um líquido é proporcional à pressão do gás sobre a solução.

3. Ar alveolar: a composição do ar que chega aos alvéolos ajuda a determinar a dinâmica da troca gasosa com o sangue.

4. O2 transportado no sangue: apenas 3% pode se dissolver no plasma; 97% é transportado pela Hb. A ligação do O2 c/ a Hb é influenciada por diversos fatores: pO2, pH (efeito Bohr), pCO2, temperatura. Tecidos ativos têm baixo pO2, baixo pH, alto pCO2 e altas temperaturas, todos os quais aumentam a liberação de O2.

Efeito Bohr:


5. Transporte de CO2 no sangue: só 7% pode se dissolver no plasma; 23% se une à Hb; 70% é transportado na forma de HCO3.

Respostas imunes


Resposta imune inespecífica

É a capacidade de proteger-se
contra diversos organismos, células defeituosas e substâncias químicas, utilizando as mesmas respostas gerais.

Compõe-se de:

1. Barreiras: pele e mucosas que recobrem e protegem o corpo
2. Fagocitose: neutrófilos, eosinófilos e macrófagos englobam e destroem células estranhas e microorganismos.
3. Linfócitos NK: responsáveis pela vigilância imunológica (controlam células anormais no corpo). Pode incluir o interferon.
4. Inflamação: tecidos lesados liberam histaminas e outras substâncias que provocam inchaço, vermelhidão, calor e dor assim que os fagócitos são ativados. O sistema complementar pode ser ativado para intensificar a resposta imune.
5. Febre: acelera as respostas do organismo e pode inibir a reprodução viral ou bacteriana.

Resposta imune específica:

Proteção baseada
em respostas individualizadas pelo reconhecimento de antígenos estranhos.

Dois componentes principais:

1. Imunidade celular: linfócitos T e NK, de ação citotóxica, atacam diretamente as células estranhas.
2. Imunidade humoral: linfócitos B produzem anticorpos (IgG, IgE, IgD, IgM, IgA) que são específicos para antígenos.

Os linfócitos T auxiliares aumentam essa resposta, os linfócitos T supressores ibibem-na.

A fagocitose completa o sistema; a inflamação pode ajudar no ataque.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Primórdios da Nossa História (2)


Surgem as capitanias hereditárias
A divisão do território brasileiro
em linhas horizontais foi o esquema encontrado para a colonização por meio privado. Esse esquema já era praticado em Açores e Cabo Verde. Ao todo eram 15 capitanias distribuídas entre 12 donatários. Esses ligavam-se a um regime de direitos e deveres e a posse da terra era regulamentada pela Carta de Doação e o Foral. Os riscos para Lisboa eram muitos e, inicialmente, a tradição metalista ditava as práticas estatais. Por Portugal não encontrar ouro imediatamente nas terras do Brasil, a coroa achou prudente entregar o empreendimento à burguesia mercantil de Lisboa e Porto, assim, as capitanias ganharam força em nossa colonização:

1. direito de vender índios e pau-brasil em Portugal;
2. direito de exercerem leis e administrarem a renda das capitanias;
3. dever de fundar vilas;
4. concessão de Sesmarias (lotes de terra);
5. dever de cobrar os impostos da Coroa (dízimo);
6. direito de ficar com uma pequena parte do imposto cobrado.

São Vicente, apesar do pioneirismo, não foi a mais importante, devido à falta de capital e uma maior distância para com a metrópole, levando a Capitania de Nova Lusitana (PE) a se favorecer com estes entraves.

Pernambuco tornou-se a salvadora da economia portuguesa em terras brasileiras, chefiada pela boa administração de Duarte Coelho, fundador das vilas de Igaraçu e Olinda. Esta última chegou a ser a capital e mais próspera vila da Capitania. O açúcar foi o motor da prosperidade de PE e Portugal.

O esquema de capitanias não vingou no Brasil, sobretudo pela falta de capital. No mais, muitos dos donatários nem sequer chegaram a vir ao Brasil assumir seus custos na colonização.

Primórdios da Nossa História (1)


Para entrar, de fato, na história do Brasil (colonial), é plausível que se comente sobre os princípios do Mercantilismo (prática econômica dos Estados Nacionais):

1. Busca de ouro e prata, base da riqueza de qualquer nação;
2. Balanço comercial favorável (retratado no acúmulo de, neste caso, metais preciosos);
3. Protecionismo (defender o mercado interno das mercadorias estrangeiras);
4. Pacto Colonial (a colônia só podia negociar com sua metrópole);
5. Metalismo.

O Brasil, assim como todas as outras colônias espanholas na América, se caracterizou pelo regime de exploração (o que vai acarretar um questionamento futuramente), visando pôr em prática o sistema mercantilista e juntar, aos poucos, os metais desejados. Porém, isso só se deu efetivamente 30 anos depois da chegada dos ibéricos às terras Brasileiras. Santa Cruz (hoje, Brasil), sofreu concorrência do Oriente, muito lucrativo nesta época, não despertando o interesse de Portugal. A expedição de Cabral não encontrou matéria-prima a ser explorada.

Mesmo assim, houveram várias expedições de reconhecimento, e numa delas "descobriram" o pau-brasil. Este já era bem conhecido na Europa, pelo seu uso na indústria têxtil (a tinta vermelha, nobre, era extraída do miolo da árvore). O pau-brasil usado na indústria européia vinha do Oriente. Com o achado, o governo português firmou com comerciantes de seu país um acordo concedendo a exploração em terras brasileiras. Em troca, os mercadores deveriam trazer um mínimo de infra-estrutura.

Jornadas de Reconhecimento no Novo Mundo:

Gaspar Lemos -
foram dados os nomes dos acidentes geográficos litorâneos;
Gonçalo Coelho - destacou-se a presençã do baluarte da navegação, Américo Vespúcio, presente, também, na primeira. Promove-se a primeira incursão interiorana, em Cabo Frio;
Cristóvão Jacques - expedição guarda-costas, de caráter militar, devido à presençã de piratas (principalmente franceses), que roubavam embarcações dos mercadores portugueses repletos de pau-brasil.

Do interesse Francês à colonização
A Espanha
descobre ouro e prata nas suas colônias americanas, e a França passa a enviar expedições às terras brasileiras. Claro que, a esta época, o Tratado de Tordesilhas já não tinha significado algum. Devido a ameaças francesas, Portugal decide colonizar o Brasil, efetivamente, a partir de 1530.

Surge, então, a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, ordenada por Dom João III, com o intuito de relatar a geografia brasileira, expulsar os franceses e fundar povoamentos (São Vicente, primeira vila brasileira, no litoral paulista, fundada em 1532). Martim Afonso de Souza também montou o primeiro engenho de açúcar. Nessa campanha, foi relatada a viabilidade de se colonizar o Brasil.

Com os cofres reais enfraquecidos devido à queda do comércio do Oriente, a Coroa se viu obrigada a passar os custos da colonização à iniciativa privada.

Audição e Equilíbrio


Audição;

a) Ondas sonoras -> produzida pela alternância de compressão do ar e do seu relaxamento.

Alta amplitude, alta intensidade sonora.
Alta frequência, som alto.

b) Transmissão das ondas sonoras ao ouvido interno -> as ondas sonoras são conduzidas pela aurícula até o meato acústico externo, até chegar na membrana timpânica. As vibrações são transferidas para os pequenos ossos do ouvido: martelo, bigorna e estribo.

c) Cóclea -> É a parte do ouvido interno que se encontra o órgão de Corti, onde ficam as temrinações nervosas responsáveis pela audição. O estribo vibra a janela oval, que impulsiona líquido no canal vestibular. Dependendo da frequeência da onda sonora, uma área da membrana basilar vibra, provocando propagação dos potenciais elétricos de ação que se movem até o cérebro por meio do nervo auditivo (VIII par craniano).

Equilíbrio;

1) Estático:
sustenta a posição do corpo em relação à gravidade.
2) Dinâmico: mantém a posição do corpo em resposta a movimentos inesperados.

O complexo vestibular é a estrutura sensorial para o equilíbrio e consiste no vestíbulo e nos canais semicirculares.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Aquilo que compõe a Terra...


Química Geral

Matéria:
Qualquer coisa que ocupe lugar no espaço e tenha massa.
Corpo: Porção limitada de matéria.
Objeto: Quando um corpo possui formato específico, que o torna útil para um determinado fim.

Energia

É uma grandeza que avalia a capacidade de um sistema realizar trabalho. Realizar trabalho (T) significa utilizar uma força (F) para deslocar um corpo por determinado deslocamento (S). Desta forma, podemos definir trabalho como o produto da força pelo deslocamento:

T= FxS

Energia Cinética (Ec)

É igual à metade da massa do corpo multiplicado pela velocidade ao quadrado.

Energia Potencial (Ep)

Chamada de energia de posição, geralmente está relacionada com a posição relativa de duas coisas, como uma pessoa e a Terra (Ep gravitacional), ou um elétron e seu núcleo.

Energia Potencial Elétrica

Energia que uma carga possui devido à sua localização num campo elétrico.

Energia Potencial Gravitacional

Energia que um corpo possui graças à sua posição num campo gravitacional. Sobre a Terra, a energia potencial gravitacional é igual ao produto da massa pela aceleração da gravidade e pela altura de um nível de referência, tal como a superfície da Terra.

Leitura complementar: Energias mecânica, de repouso, do ponto zero, interna e radiante.

Números, números, números... e letras.


Conjuntos: a Matemática moderna é escrita na linguagem de conjuntos. Desta forma, a noção de conjuntos é a mais importante, pois todos os conceitos matemáticos podem ser expressos a partir dela.

Para apresentar este conceito de modo rigoroso, começaríamos uma discussão axiomática, o que não vem ao caso neste artigo. Vamos conceituar conjunto, intuitivamente, como sendo uma coleção qualquer de objetos (os quais chamaremos de elementos do conjunto).

Na teoria dos conjuntos, são consideradas noções primitvas, as noções de: conjunto, elemento e pertinência. Um conjunto é formado por elementos. Se for dado um conjunto A e um objeto a, que pode ser um outro conjunto, o questionamento plausível é: a é ou não um elemento do conjunto A? Se a resposta for sim, pode-se dizer que a pertence ao conjunto A.

Descrição de um Conjunto
Pode-se escrever um conjunto de modos distintos:

1. Citação dos elementos: Quando representamos um conjunto por citação de seus elementos, devemos iniciá-lo escrevendo seus elementos entre chaves:

Ex.: Conjunto das vogais -> {a, e, i, o, u}

Conjunto dos números inteiros de 1 a 500 -> {1, 2, 3, 4, ... , 499, 500}

2. Propriedade Característica: Quando representamos um conjunto S por meio de uma propriedade P que caracteriza seus elementos x.

Ex.: {x tal que x é divisor de 8} ==> {1, 2, 4, 8}

{x tal que x é um número primo positivo} ==> {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, ...}

3. Diagrama de Venn: Quando listamos os elementos do conjunto dentro de uma linha fechada. Esta representação é usada para facilitar a compreensão e o raciocínio.



Leitura complementar: Conjunto Vazio, Conjunto Unitário, Conjunto Universo.

Pensadores na Geografia


La Blache: Fundador da Escola Possibilista da Geografia. Combateu as idéias deterministas de Ratzel (a seguir). Para La Blache, o objeto da Geografia era a reação Homem x Natureza, na perspectiva da paisagem. Colocou o homem como um ser ativo, que sofre influência do meio, mas que atua transformando-o. O homem cria possibilidades e intervém na natureza, moldando-a.

Karl Ritter: Procurou fazer análises comparativas entre regiões diversas, procurando explicar as formas de ocupação do espaço territorial.

Frederico Ratzel: Fundador da Escola Determinista. Em 1882, publica "A antropogeografia". Esta obra funda a Geografia Humana. Esta escola legitimou o desejo de expansão do Estado alemão unificado. Segundo Ratzel, o meio é determinante para as condições de desenvolvimento do homem e da sociedade.

As escolas alemã e francesa estabeleceram as bases da Geografia como ciência, no entanto, seus pensadores estavam alinhados com as classes dominantes. A Geografia foi fundada como ciência para atender aos interesses da expansão capitalista desses países. O francês Elisée Reclus e o russo Kropotkin defendiam a Geografia Libertária, a Geografia como meio, instrumento, de mudanças sociais.

Depois da II Grande Guerra, o mundo sofreu mudanças geopolíticas e econômicas e, com isso, surgiam novas escolas, buscando romper com a Geografia clássica. Como exemplo, tivemos a Geografia Quantitativa e a Crítica. Percebe-se, então, que a Geografia avança juntamente com o dinamismo mundial (ex.: Globalização), com novos desafios políticos, econômicos e sociais, além, claro, dos ambientais.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Geografia: O início.


Apesar de ter se tornado uma ciência autônoma apenas no século XIX, o conhecimento da geografia vem sendo produzido desde os primórdios da humanidade. O homem pré-histórico, ainda nômade, necessitava conhecer o ambiente, pois precisava de proteção, abrigo e alimento. Na antiguidade, a expansão do domínio de terras e busca por relações econômicas favoreceram o conhecimento geográfico, ainda que meramente descritivo.

Strabão (63 a.C. - 25 d.C.): escreveu, após 14 anos, uma obra de 17 volumes, com o título Geographicae. Foi com ele que o nome "Geografia" apareceu pela primeira vez.

Eratósthenes (276 a.C. - 196 a.C.): calculou a circunferência da Terra com muita proximidade da medida real.

Além dos gregos, outros povos, como os egípcios, romanos, fenícios, árabes, chineses e outros, usavam e produziam novos conhecimentos geográficos. Na expansão em busca de novos territórios e mercados, o conhecimento dos fenômenos materiais e o domínio de rotas terrestres e marítimas eram bastante necessários.

Aristóteles: concebeu a Terra como uma esfera.
Hiparco: criou o Sistema de Coordenadas Geográficas.
Ptolomeu: escreveu o primeiro Atlas e propôs o modelo Geocêntrico.

Na Idade Média, os conhecimentos geográficos perderam força no mundo ocidental e só voltaram a ter importância com o florescimento comercial e as cruzadas. No entanto, apenas com as grandes navegacões (séculos XV e XVI) é que a Geografia voltou a ter real relevância. Técnicas aperfeiçoadas, novos instrumentos e novas conquistas desembocavam em um avanço da ciência, e resgatavam a importância da cartografia e da descrição geográfica.

Em 1514, o padre Nicolau Copérnico propôs a teoria Heliocêntrica. A Terra deixava de ser o centro do Universo. Copérnico teve a idéia revolucionária de que nem todos os corpos celestes devem orbitar a Terra. Sua idéia era de que o sol estava estacionado no centro do Sistema Solar, e que a Terra e os outros planetas moviam-se em órbitas circulares em torno do Sol.

Kepler aperfeiçoou o sistema de Copérnico, pois sugeriu que os planetas moviam-se não em círculos, mas em elipses, em torno do sol. Suas idéias permitiram a evolução do conhecimento das leis da mecânica celeste.

Galileu Galilei inventou, em 1609, o telescópio e começou a observar o céu noturno. Descobriu a existência dos satélites de Júpiter, constatou o movimento de rotação da Terra, dentre outras idéias. Galileu foi responsável pelo nascimento da ciência moderna. Por conta de suas idéias, teve sério conflitos com a Igreja Católica (esta ordenou que ele renunciasse o copernicanismo).

Isaac Newton publicou "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural". Temos aqui a verdadeira explicação do motivo pelo qual os planetas orbitam o Sol. Foi a primeira vez que alguém explicou o movimento dos planetas em termos de leis que também determinam o movimento na Terra, e foi o princípio da física e astronomia modernas. Temos, com Newton, a formulação da Lei de Gravitação Universal.

Durante o século XVII, o holandês Bernardo Varenius escreveu "Geografia Geral", onde descreveu, além da superfície da terra, a origem dos fenômenos e das formas que modelaram a sua superfície. Sua obra inaugura "Causas x Efeitos" dos fenômenos geográficos.

Decorrente da expansão capitalista, a Geografia avançou bastante nos séculos XVIII e XIX, quando pensadores se propuseram a questionar crenças e problemas, e formular as bases de novas ciências, as Ciências Sociais. Kant, Leibnitz, Herder, etc, são exemplos de pensadores que mergulharam na Geografia, relacionando o homem com o meio em que está inserido, quando, assim, surge as subdivisões da Geografia: Social, Política e Antropológica.

No século XIX surgia o positivismo, com novas idéias sócio-econômicas, políticas e culturais, com uma preocupação maior quanto à natureza e o controle desta. Foi com esse brainstorm (http://www.fernandofeijo.com/glossario.html), no século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo industrial e do imperialismo, que a Geografia foi estruturada como ciência autônoma.

Ambiguidade

Ao consultar um dicionário, vamos encontrar que é uma palavra usada para indicar algo que pode ter diferentes sentidos. Aquilo que desperta dúvida, ou que exprime duas ou mais interpretações diferentes.

A ambiguidade será problemática toda vez que comprometer a compreensão de um texto. Como exemplo, uma notícia veiculada na UOL em 2002: "Russel Crowe vai se casar com namorada de 12 anos."

A seguir, um texto retirado de www.brasilescola.com:

Má colocação do Adjunto Adverbial

Exemplos: Crianças que recebem leite materno frequentemente são mais sadias.

As crianças são mais sadias porque recebem leite frequentemente ou são frequentemente mais sadias porque recebem leite?

Eliminando a ambiguidade: Crianças que recebem frequentemente leite materno são mais sadias.
Crianças que recebem leite materno são frequentemente mais sadias.

Uso Incorreto do Pronome Relativo

Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes que estava sobre a cama.

O que estava sobre a cama: o estojo vazio ou a aliança de diamantes?

Eliminando a ambiguidade: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes a qual estava sobre a cama.
Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes o qual estava sobre a cama.

Observação: Neste exemplo, pelo fato de os substantivos estojo e aliança pertencerem a gêneros diferentes, resolveu-se o problema substituindo os substantivos por o qual/a qual. Se pertencessem ao mesmo gênero, haveria necessidade de uma reestruturação diferente.

Má Colocação de Pronomes, Termos, Orações ou Frases

Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto.

O garotinho estava no quarto dele ou da senhora?

Eliminando a ambiguidade: Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dela.
Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dele.

Ex.: Sentado na varanda, o menino avistou um mendigo.

Quem estava sentado na varanda: o menino ou o mendigo?

Eliminando a ambiguidade: O menino avistou um mendigo que estava sentado na varanda.
O menino que estava sentado na varanda avistou o mendigo.

Por Marina Cabral

Ler e Interpretar


"A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele" Paulo Freire

A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. É importante entender que a interpretação de um texto, qualquer que seja ele, precisa ser considerada a partir de seus próprios elementos internos, o que significa dizer que não existe "uma verdadeira viagem". A interpretação de um texto literário, por exemplo, passa pela decodificação das figuras de linguagem, mas esse processo é restringido pelo contexto em que as palavras são utilizadas. A dificuldade está centrada em um ponto básico: percepção, dentro de um senso comum, o que o texto está sugerindo.

Erros clássicos de interpretação

Extrapolação: quando se sai do contexto, quando se acrescenta idéias que não estão presentes no texto. É um exercício de criatividade inadequada, generalizando o que é particular.

Redução: particularização indevida. Aborda-se apenas uma parte, um detalhe, um aspecto do texto, dissociando-o do contexto. Comete-se o erro por redução quando se prende a um aspecto menor, que é insuficiente para explicar o conjunto.

Contradição: leitura desatenta (principalmente), não percepçao de algumas relações, incompreensão de um raciocínio, etc.

Do Paleolítico à Pedra Intermediária...


A pré-história compreende o período entre o aparecimento dos primeiros hominídeos e o surgimento da escrita. Dessa forma, o período em questão inclui estágios selvagens de evolução, nas quais as condições de vida do Homem era parecida com a de outros animais. A pré-história também se divide em períodos (como citado na postagem anterior), com o intuito de localizar os diferentes níveis de evolução do Homem.

Período Paleolítico (+- 2 milhões de anos atrás)
Primeiros momentos da vida do homem, ainda nos estágios mais primordiais de organização social até a descoberta da agricultura. É o período imediatamente anterior ao surgimento da agricultura. Aqui temos um ser vivendo e apropriando-se do que a natureza tem a lhe oferecer. Não há produção de alimentos, as comunidades vivem da obtenção de alimentos de origem animal (caça e pesca), e de origem vegetal. O homem não é o mais forte, o mais rápido, dos seres vivos, assim, sua sobrevivência depende do convívio em grupos, comunidades absolutamente primitivas, com vínculos de parentesco e uso de instrumentos para enfrentar animais de maior porte e mais ágeis.

Sua capacidade de sobreviência está condicionada a utilizar meios que ampliem seus limites corpóreos (armas e ferramentas). Para tal, foi fundamental a postura ereta, sustentação e locomoção do corpo, bem como o polegar em oposição para o manuseio dos instrumentos. Incapaz de repor aquilo que tirava da natureza, o homem convivia com a escassez de alimentos e a necessidade de constante migração (nomadismo).

A TERRA NÃO É UM ELEMENTO GERADOR DE RIQUEZA, APENAS DE SUSTENTO, SOBREVIVÊNCIA. Assim, não existia extratificação social. O homem vai incorporando grande evolução cultural, expressada na maior qualidade dos instrumentos utilizados, nas pinturas em cavernas relatando cenas cotidianas ou rituais mágicos (seria isso o início da criação da religião?).

O controle sobre o fogo serve de defesa, no aquecimento (consequentemente pode-se, a partir daí, habitar regiões frias), na forja de metais e cozimento de alimentos. Podemos agrupar o período Paleolítico em dois grupos:

Paleolítico Inferior -> objetos encontrados na natureza, ossos de animais, galhos de árvore e pedaços de pedra servem como instrumentos.
Primeiros hominídeos: Homo habilis, Homo erectus e Homem de neanderthal.

Paleolítico Superior -> Fim da última glaciação, instrumentos de artefatos (agulha, arcos, flechas, anzol, etc.).
Cozimento de alimentos, início da vida grupal e divisão do trabalho (caçadores e artesãos). Semi-nômades abrigavam-se em cavernas durante épocas mais frias.
Pintura ruprestre, magias e simpatias (representação de caçadas).
Estátuas rudimentares de barro, representando bisões e mamutes.
Uso de adornos e pinturas pessoais.


Mesolítico ou Pedra Intermediária (de 20.000 a 10.000 a.C.)
O domínio do fogo foi o início do rumo do homem à evolução para uma forma mais segura de sobrevivência. Pôde afastar predadores, cozinhar alimentos, iluminar habitações, além do supracitado calor em regiões mais frias.

Grandes avanços: 1) Desenvolvimento da agricultura. 2) Domesticação de animais.

Com cultivo da terra e criação de animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação à natureza. Esses avanços permitiram a sedentarização, pois a habitação tornou-se fixa e necessária. Neste período começou a divisão de trabalhos entre homens e mulheres dentro das comunidades. O homem ficou responsável por proteger e sustentar suas famílias, a mulher ficou encarregada da criação dos filhos e cuidar da habitação.

O que é história?

Segundo Tolstoi (http://pt.wikipedia.org/wiki/Liev_Tolst%C3%B3i), "o objeto da história é a vida dos povos e da humanidade". Outros autores a definem como "nada mais além de um homem que se dá conta da mudança das coisas", ou como "memória coletiva".

Historiografia

É uma forma de sistematizar o estudo desta "ciência" em questão. Passou por quatro fases distintas, ao longo do seu processo de amadurecimento, refletidos diretamente nos avanços, em termos metodológicos, em correlação com outras ciências:

História Factual -> narrativa dos feitos dos grandes homens da antiguidade até a idade média, em que predominava a visão das elites bem como sua participação nos processos históricos. Os historiadores registravam o que faziam os reis, generais, papas e guerreiros.

História Positivista -> corrente do século XIX, influenciada por Augusto Comte (http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_comte). Esta corrente tentou dar um caráter exato à história, trabalhando apenas com documentos, nomes e datas.

Marxismo -> também do século XIX, com bases científicas. Buscou incluir a massa no processo de construção histórica, rompendo com a visão elitista da História Factual. Karl Marx (http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_marx) foi o principal expoente desta corrente, e descreveu a luta de classes como um processo histórico (daí a esta corrente também se chamar História Econômica).

Nova História / História das Mentalidades -> surgida no séc. XX, decorrente da Revista Annales (http://pt.wikipedia.org/wiki/Revue_des_Annales), procura abarcar tudo o que foi produzido pelo homem em termos culturais, sociais, políticos, etc.

A história, por si só, não se basta como ciência na explicação histórica. É uma grande correlação de ciências - exatas ou não - que fornecem subsídios para uma explicação de como o homem se construiu em sociedade e como esta se evoluiu dentro da história.


(1)P.S.: A história não é objetiva e não trabalha com verdades absolutas. Os fatos ditos verdadeiros podem mudar, dependendo das fontes que se tenham em mãos.

(2)P.S.: O surgimento, na África, dos primeiros antepassados do ser humano, datado de 4 a 6 milhões de anos atrás, é considerado o início da história da humanidade.