
1. Princípio da Extensão:
Enunciado por Ratzel. Ao estudar um fato geográfico, ou uma área, o geógrafo deveria, inicialmente, estabelecer os limites da área ou fatos. Ex.: Mapeamento de uma região para estudar alguns elementos geográficos.
2. Princípio da Analogia ou da Geografia Geral:
Karl Ritter. A área em estudo pode ser comparada com o que se observa em outras áreas, estabelecendo-se semelhanças e diferenças. Ex.: Comparar áreas de florestas equatoriais da Amazônia, Ásia e África, ou o relevo da Zona da Mata Nordestina com alguns trechos da região Sul.
3. Princípio da Causalidade:
Humboldt. Observando-se os fatos, deve-se procurar as causas que o determinaram, estabelecendo relações de causa x efeito. Ex.: Causas do efeito estufa.
4. Princípio da Conexidade ou Interação:
Jean Brunhes. Estabelece que os fatos geográficos físicos ou humanos nunca aparecem isolados, estão sempre interligados. Na elaboração das paisagens, nenhum dos fatores físicos ou humanos agem isoladamente, a ação é sempre feita de forma integrada com outros fatores.
5. Princípio da Atividade:
Brunhes. O fato geográfico é dinâmico, o espaço está em constante reorganização, transformação, graças à ação ininterrupta de vários fatores. A compreensão do presente depende de uma análise do passado, ou seja, do estudo auxiliar da história.
Escolas/Correntes Geográficas
1. Determinista: Escola Alemã. Fundada por Ratzel, diz que o espaço natural determina as formas de sua ocupação pelo homem. Nesta visão o homem é um produto do meio geográfico em que vive, não possuindo condições de modificá-lo. O homem é submisso ao meio. Na verdade, esta crença serviu para o pensamento do capitalismo imperialista alemão. Esta idéia tentava justificar o "poderio" de uns, em detrimento da "fraqueza" de outros. Desta escola nasce o conceito de "Espaço Vital", que vai ser discutido nos estudos de história (especialmente da Alemanha na II Grande Guerra).
2. Possibilista: Escola Francesa. Surgiu em oposição à Escola Alemã. O grande idealizador desta escola foi Paul Vidal de La Blache. Afirmava que a natureza exerce influência sobre os seres humanos, mas as pessoas poderiam escolher e modificar o espaço físico conforme o grau de desenvolvimento de suas capacidades. O homem cria possibilidades de transformar a natureza. La Blache deu ênfase aos estudos regionais e inaugurou o conceito de "gênero de vida", que nada mais é do que a expressão da relação entre determinada população e os recursos disponíveis.
3. Quantitativa: Para os autores que defendem esta corrente, fenômenos geográficos poderiam ser explicados com o uso de métodos matemáticos.
4. Crítica: Fruto de uma postura crítica radical, frente à Geografia Tradicional ou a Quantitativa. Os autores desta escola se posicionavam por uma transformação da realidade social. Eles assumiram o conteúdo político do conhecimento científico, propondo uma geografia militante, que lute por uma sociedade mais justa. A geografia serve para romper o status quo vigente. Deve estar comprometida com a melhoria das condições humanas. Segundo Milton Santos, "o espaço é a morada do homem, mas também pode ser sua prisão".
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