
Para entrar, de fato, na história do Brasil (colonial), é plausível que se comente sobre os princípios do Mercantilismo (prática econômica dos Estados Nacionais):
1. Busca de ouro e prata, base da riqueza de qualquer nação;
2. Balanço comercial favorável (retratado no acúmulo de, neste caso, metais preciosos);
3. Protecionismo (defender o mercado interno das mercadorias estrangeiras);
4. Pacto Colonial (a colônia só podia negociar com sua metrópole);
5. Metalismo.
O Brasil, assim como todas as outras colônias espanholas na América, se caracterizou pelo regime de exploração (o que vai acarretar um questionamento futuramente), visando pôr em prática o sistema mercantilista e juntar, aos poucos, os metais desejados. Porém, isso só se deu efetivamente 30 anos depois da chegada dos ibéricos às terras Brasileiras. Santa Cruz (hoje, Brasil), sofreu concorrência do Oriente, muito lucrativo nesta época, não despertando o interesse de Portugal. A expedição de Cabral não encontrou matéria-prima a ser explorada.
Mesmo assim, houveram várias expedições de reconhecimento, e numa delas "descobriram" o pau-brasil. Este já era bem conhecido na Europa, pelo seu uso na indústria têxtil (a tinta vermelha, nobre, era extraída do miolo da árvore). O pau-brasil usado na indústria européia vinha do Oriente. Com o achado, o governo português firmou com comerciantes de seu país um acordo concedendo a exploração em terras brasileiras. Em troca, os mercadores deveriam trazer um mínimo de infra-estrutura.
Jornadas de Reconhecimento no Novo Mundo:
Gaspar Lemos - foram dados os nomes dos acidentes geográficos litorâneos;
Gonçalo Coelho - destacou-se a presençã do baluarte da navegação, Américo Vespúcio, presente, também, na primeira. Promove-se a primeira incursão interiorana, em Cabo Frio;
Cristóvão Jacques - expedição guarda-costas, de caráter militar, devido à presençã de piratas (principalmente franceses), que roubavam embarcações dos mercadores portugueses repletos de pau-brasil.
Do interesse Francês à colonização
A Espanha descobre ouro e prata nas suas colônias americanas, e a França passa a enviar expedições às terras brasileiras. Claro que, a esta época, o Tratado de Tordesilhas já não tinha significado algum. Devido a ameaças francesas, Portugal decide colonizar o Brasil, efetivamente, a partir de 1530.
Surge, então, a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, ordenada por Dom João III, com o intuito de relatar a geografia brasileira, expulsar os franceses e fundar povoamentos (São Vicente, primeira vila brasileira, no litoral paulista, fundada em 1532). Martim Afonso de Souza também montou o primeiro engenho de açúcar. Nessa campanha, foi relatada a viabilidade de se colonizar o Brasil.
Com os cofres reais enfraquecidos devido à queda do comércio do Oriente, a Coroa se viu obrigada a passar os custos da colonização à iniciativa privada.
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