terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sistema Cardiovascular


O Sistema Cardiovascular é uma rede de tubos de vários tipos e calibres, que comunicam-se com todas as partes do corpo. Dentro desses tubos, circula o sangue, impulsionado pelas contrações cardíacas. Dentre as funções do Sistema Circulatório, encontram-se:

1. Transporte de gases respiratórios: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com o resto do corpo através do sangue.

2. Transporte de nutrientes: de modo semelhante aos pulmões, o tudo digestivo dá lugar aos nutrientes resultantes da digestão, que vão passar pelo epitélio da parede do trato digestivo, até alcançar o sangue. Por esse caminho os nutrientes são levados ao corpo através, também, do sangue, até se dispersarem pelo líquido intersticial (MEC), nutrindo as células do corpo.

3. Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos são capazes de eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias são feitas pelo sangue do órgão que os produziu até o órgão excretor.

4. Transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um dos seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.

5. Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas/armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras partes do corpo.

6. Transporte de calor: o sangue também é responsável pelo transporte homogêneo de calor pelo corpo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todo o corpo; permite, ainda, levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.

7. Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes de defesa contra agentes infecciosos.

8. Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da medula óssea, com função na coagulação do sangue. O sangue contém, ainda, fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sanguíneo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Insurreição Pernambucana


A mais importante e decisiva mostra de descontentamento contra os holandeses estoura em 1645, sob a liderança de Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, abastados senhores de engenho, que se revoltam contra a opressão holandesa. Aderem também ao movimento o índio Poty (Filipe Camarão) e o negro Henrique Dias.

Vários combates são travados: Monte das Tabocas, com a vitória dos rebeldes, auxiliados pelo governador da Bahia, Antonio Teles da Silva; outra vitória ocorre no engenho da Casa Forte. De 1645 a 1648 a luta prossegue, estabilizando-se, pois os holandeses não conseguiam derrotar os rebeldes.

Em 1648, tem lugar a primeira batalha dos Guararapes, em que os holandeses são derrotados. A segunda dá-se em 1649, com nova vitória do lado luso-brasileiro. O rumo da luta sofre alterações, em função da mudança do quadro político Europeu: na Inglaterra, Cromwell aprova os "Atos de Navegação", em 1651, excluindo os holandeses do comércio inglês. Os conflitos aumentam e acabam provocando uma guerra naval, da qual a Holanda sai derrotada.

Esses acontecimentos trazem consequências sérias para a luta que se trava no Brasil, já que os Estados Gerais são obrigados a diminuir a ajuda aos holandeses, ao mesmo tempo em que a Inglaterra envia auxílio aos combatentes luso-brasileiros. Nesse momento, em 1653, Portugal resolve enviar uma frota de apoio ao Brasil. Todo esse conjunto de fatos assegurava a vitória dos luso-brasileiros, o que obriga a capitulação holandesa em 1654.

Surge Um Mito Chamado Nassau


Alemão de origem nobre, Johan Mauritz Nassausiegen teve a incumbêmbia de aumentar e defender a Nova Holanda, bem como apaziguar os ânimos dos Senhores de Engenho com diplomáticas concessões. Sabia de seu caráter de invasor, e por isso seria necessário realizar um governo de tolerância e benfeitorias. Foi o que fez, trazendo inúmeros intelectuais e construindo uma infra-estrutura avançada para uma colônia (Mauritztaadt). Gastando muito dos lucros da Companhia das Índias, viu-se obrigado a entregar o cargo em 1644.

Características do Governo Nassoviano:

a)
Crédito Rural: Nassau procurou viabilizar a sua administração com uma política diplomática branda, concedendo créditos aos senhores de engenho. Desta forma, a classe latifundiária começava a perceber que a dominação holandesa poderia ser benéfica aos proprietários.

b) Urbanismo: Nassau, um homem educado no espírito barroco alemão e um estadista sábio, tratou de realizar mudanças significativas em Recife (centro da Admnistração Holandesa). Associado ao pensamento arquitetônico e de beleza européia, Nassau visava também facilitar o escoamento da produção açucareira, feita essencialmente pelos rios da região. A construções de pontes e demais obras de infra-estrutura em muito se deve ao intuito de agilizar o transporte do açúcar até o Porto de Recife, e daí, para sua administração na Europa. Seguindo estes desejos de progresso e modernização urbana, algumas figuras vão se destacar, como a de Pieter Post e Jacob van Campen. Destre as contribuições urbanísticas, teremos a construção do PalácioFriburgo e inúmeras pontes fabricadas em madeira.

c) Liberdade Religiosa: Calvinistas, os holandeses adotaram práticas brandas de dominação, sobretudo com relação à religião. Sabendo do caráter católico dos dominados e de uma comunidade judaica atuante, os holandeses adotaram uma tolerância religiosa a fim de facilitar a dominação.

d) Problemática da Administração de Nassau: Sócio da Companhia das Índias, Nassau comprometeu lucros da companhia com sua política branda, sobretudo em relação aos créditos rurais. Isso deixou a cúpula da Companhia insatisfeita, chegando a retirá-lo do cargo e mudar radicalmente a política holandesa holandesa para com os dominados. Tais práticas repressoras e o fim da União Ibérica levaram os portugueses e brasileiros a empreenderem a expulsão dos invasores.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Megablocos Econômicos Mundiais


Etapas de Formação de Blocos Econômicos

1. Zonas de Livre Comércio:
Blocos buscam apenas a gradativa liberalização do fluxo de mercadorias e capitais dentro dos limites do bloco. Numa Zona de Livre Comércio a integração limita-se à questão econômica.

2. União Aduaneira:
Nota-se a extinção de tarifas alfandegárias nas relações comerciais no interior do Bloco. Nas relações comerciais externas, esses países praticam uma tarifa externa comum.

3. União Monetária:
Os membros do Bloco adotam uma moeda única e tem um banco único.

4. Mercado Comum:
Uniformização da legislação econômica, fiscal, trabalhista, ambiental, etc. Procura-se abolição das barreiras alfandegárias internas e a padronização das tarifas de comércio exterior e, ainda, uma liberalização quanto à circulação de capitais, mercadorias, serviços e pessoas no interior do Bloco.


Principais Blocos Econômicos Mundiais:

União Européia;
Importante megabloco. Sua criação está relacionada com a necessidade de fortalecer e eliminar obstáculos entre os países-membros. Atualmente, o PIB do Bloco ultrapassa US$ 10 trilhões.

Dentre as etapas da formação da UE, temos a formação do Benelux, em 1944, da CECA, em 1952, CEE, em 1957. Em 1991 é assinado o Tratado de Maastricht, que ao entrar em vigor em 1993 dá luz à União Européia, formando, então, a Zona do Euro. Em 1999, o Euro foi lançado como moeda unificada para transações financeiras e em 2002 doze dos quinze países que compunham o Bloco na época, adotaram a moeda.

NAFTA;
Área de Livre Comércio da América do Norte. Foi assinado em 1992 pelos EUA, Canadá e México, entrando em vigor em 1994. É um grande Bloco Econômico com mais de 400 milhões de pessoas, e a soma das riquezas produzidas por esses países é superior a 10 trilhões de dólares. A economia dos EUA polariza o Bloco.

Mercosul;
O Tratado de Assunção criou o Mercosul a partir de 1991. Inicialmente formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em 1996 e 1997 recebeu a adesão, respectivamente, do Chile e da Bolívia como associados (não membros) do Bloco. Em 2006 recebeu a entrada da Venezuela como mais um membro permanente. Alguns problemas internos do Bloco vêm gerando crises no Mercosul, a ponto de alguns países como Uruguai e Paraguai ameaçarem o desligamento do Bloco, pois reclamam da liderança e das vantagens econômicas de Brasil e Argentina.

APEC;
Fundada em 1993, a APEC prevê a implantação de uma Zona de Livre Comércio entre seus membros (20 países + Hong Kong). Devido às grandes disparidades econômicas entre os países membros e às disputas comerciais entre as três principais potências (EUA, Japão e China), esta integração não deve ocorrer em curto prazo. Ele prevê a abertura de mercados entre os países membros e estabelecimento de livre comércio até 2020.

ALCA;
Desde 1994, iniciaram-se as negociações para a criação de um Bloco Econômico que abrangesse todo o continente Americano, com a presença de 34 países. Segundo o projeto, seriam gradualmente derrubadas as barreiras ao comércio entre os estados-membros prevendo a isenção de tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados.

A assinatura definitiva da ALCA não parece ser nada fácil, já que depende do consenso entre os países, pois alguns deles, inclusive o Brasil, vêem o Bloco como algo negativo para suas economias e interesses dentro do continente e em nível mundial.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Quadro de Viroses


Virose, transmissão e sintomas

Influenza;

Transmissão: Jatos de secreção respiratória expelidos no ar, na forma de gotículas.
Sintomas: Coriza, obstrução nasal, tosse, cefaléia, espirro, sudorese, febre e prostração.

AIDS;
Transmissão:
Receptores de sangue contaminado em transfusões, transplantes, esperma contaminado, muco vaginal de portadoras do HIV e pelo compartilhamento de objetos furo-cortantes.
Sintomas: Dependerá dos níveis de linfócitos T4: acima do nível crítico -> assintomática (soro positivo). Próximo ao nível crítico: cansaço, tosse, perda excessiva de peso, diarréia inflamação dos gânglios linfáticos e sudorese noturna. Abaixo do nível crítico: surgem doenças oportunistas como a pneumonia.

Varíola;
Transmissão:
Contato direto com objetos contaminados (copo, prato, talheres) ou indireto (ar) com gotículas de saliva de pessoas contaminadas.
Sintomas:
Pústulas (bolhas de pus) grandes e numerosas, que deixam cicatrizes no rosto e no corpo. Prostração e febre.

Poliomielite;
Transmissão:
Contato fecal-oral ou pela água, alimentos e/ou objetos contaminados ou por secreções.
Sintomas:
Sintomas semelhantes ao da gripe (10% dos casos) e paralisia de membros inferiores.

Herpes;
Transmissão: Tipo I: contato direto de uma lesão infectada de um indivíduo para a pele ou mucosa de uma pessoa não infectada.
Tipo II: relações sexuais (DST).
Sintomas: Lesão cutânea avermelhada com grupamento de pequenas bolhas de cor clara ou amarelada, podendo formar crostas e desaparecerem periodicamente.

Caxumba;
Transmissão: Contato direto (objetos) ou indireto (ar) com gotículas de saliva de pessoas contaminadas, penetrando pela boca.
Sintomas:
Aumento de uma ou ambas as glândulas parótidas. Pode gerar comprometimento do sistema nervoso central e testículos, resultando em surdez e esterilidade.

Sarampo;
Transmissão: Contato com secreções nasofaríngeas.
Sintomas:
As manifestações iniciais são febre alta, tosse rouca e persistente, coriza e conjuntivite. Após surgem manchas avermelhadas na pele, incialmente no rosto, e progridem em direção aos pés, com duração de, pelo menos, 15 dias.

Hepatite;
Transmissão: Tipos A e E: contaminação direta de pessoa para pessoa ou através do contato com alimentos e água contaminados por fezes de doentes (ostras também). Tipos B, C e D: transfusão sanguínea, tatuagens, usuários de drogas, piercings, no dentista e em manicures.
Sintomas: Icterícia. Pode ocorrer urina com a cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro.

Raiva;
Transmissão: Saliva do animal infectado, principalmente pela sua mordida.
Sintomas:
Surge um quadro de febre, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite, enjôos, irritação, ansiedade, mudanças de comportamento.

Catapora;
Transmissão: Contato (direto ou indireto) com gotículas de saliva de pessoas contaminadas.
Sintomas:
Febre e erupções pruriginosas.

Dengue;
Transmissão: Picada do mosquito "Aedes aegypti".
Sintomas: Dor de cabeça, dor nos olhos, febre alta, dor muscular e nas articulações, manchas avermelhadas pelo corpo, falta de apetite, fraqueza e hemorragias.

Febre Amarela;
Transmissão:
Intermediada por mosquitos do mesmo gênero (Aedes) do da Dengue;
Sintomas: Febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios.

Rubéola;
Transmissão:
Contato direto com secreções respiratórias e pela saliva, ou via sanguínea, no caso do feto, a partir do contato com o sangue afetado da mãe (lembrar que o sangue do feto só entra em contato com o da mãe no momento do parto).
Sintomas: Febre, dores nos músculos e articulações, prostração, dor de cabeça e corrimento nasal transparente e, posteriormente, manchas na pele.

Ebola;
Transmissão:
Contato físico direto com sangue e outros fluidos corporais e também quando se toca em corpos mortos.
Sintomas: Dor de cabeça, hemorragia por todos os orifícios do corpo (depois de 5 a 7 dias de febre), vômitos sangrentos, dores na articulação e musculares, redução da urina.

Câncer;
Transmissão:
Alguns tipos de canceres são determinados pela infecção por vírus, que ordenam a multiplicação celular desordenada.
Sintomas: Na maioria dos casos o quadro inicial é assintomático, aparecendo sintomas diversos em estágios mais avançados, como no câncer do colo uterino.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Expansão Marítima Européia


No século XIII, em função do Renascimento Comercial e Urbano, iniciado em séculos anteriores com as Cruzadas, encontramos uma intensa atividade mercantil. Essa economia mercantil cada vez mais monetarizada era marcada por fortes contatos com o Oriente e tinha como eixo principal o mar Mediterrâneo, na época, transformado, outra vez, num verdadeiro lago italiano; dos mares Negro e Egeu até o estreito de Gibraltar, os mercadores italianos atingiam os mais remotos pontos de comércio do Velho Mundo. Disso resultou a importância de cidades italianas como Veneza e Gênova, uma vez que os seus comerciantes detinham o controle dos grandes entrepostos comerciais da borda oriental do Mediterrâneo, como Alexandria, Beirute e Constantinopla, capital do Império Bizantino e um grande empório comercial. Na parte setentrional da Europa, o mar Báltico e o do Norte eram palco de intenso tráfico mercantil. Em terra, as rotas dos mercadores cortavam o continente em várias direções, pontuadas pelas movimentadas feiras de comércio.

As cidades viam crescer sua população, especializando-se na produção para mercado e nas transações comerciais. No século XIV esse quadro se inverteu. A Europa foi assolada pela trilogia fome, pestes e guerras, expressão direta da crise geral do feudalismo, onde não faltavam rebeliões camponesas e as revoltas de artesãos nos principais centros manufatureiros da época. Além de abalar decisivamente a economia feudal (essencialmente agrária e decadente) essa crise abateu também o ativo comércio mediterrâneo, neste século, marcado pela grande estagnação que se estendeu até o início do século seguinte (XV). Neste século, a situação do comércio e da burguesia européia era crítica, tornando-se vital, portanto, a reativação do comércio com as regiões orientais, vista como única forma de recuperação da abatida economia mercantil-monetária.

Fatores do Expansionismo Mercantil Europeu

1.Econômicos
No plano econômico,
a Expansão Marítima deve ser entendida como saída para a superação das crises que atingiram a Europa no século XIV e início do XV. Isso se daria através da retomada do lucrativo comércio oriental, como citado anteriormente no texto acima, no qual se destacavam artigos de luxo e as famosas especiarias, que não passam de qualquer produto exportado. Para que essa retomada fosse possível, era necessária a conquista de novas frentes de comércio e novas rotas marítimas para as "Índias", expressão genérica para denominar o Oriente. Essas novas frentes comerciais foram estabelecidas com os centros mercantis do norte da África e no litoral atlântico-africano.

A necessidade de novas rotas marítimas para o Oriente, por sua vez, devia-se ao controle dos comerciantes árabes sobre os mercados do Oriente Médio, Índia, China, Japão e outras praças asiáticas e ao monopólio das cidades italianas na circulação da rota do Mediterrâneo. Finalmente havia a necessidade de metais preciosos usados na cunhagem de moedas, na época escassa na Europa e essenciais para reativação do rico comércio oriental.

2. Políticos
Entre os fatores políticos,
encontramos a centralização do poder real nas mãos dos reis, que assinalou a formação das monarquias nacionais européias, pois somente um Estado politicamente centralizado poderia, do ponto de vista econômico e administrativo, planejar e executar a empresa expansionista. Outro fator político foi a aliança entre os monarcas europeus e a burguesia mercantil; esta, embora fosse uma classe enriquecida, era ainda extremamente dependente da ação do Estado, o único capaz de mobilizar recursos materiais e humanos em escala nacional e, ao mesmo tempo, de adotar medidas protecionistas à sua atividade econômica.

3. Sociais
No plano social,
a ascensão da burguesia e o processo de crescimento urbano, que se refletia diretamente no aumento do consumo dos produtos orientais, caracterizando a modificação dos hábitos e costumes da população das cidades européias da época.

4. Culturais
Culturalmente,
encontramos a influência dos ideais filosóficos do humanismo renascentista, promovendo uma maior valorização do conhecimento do homem e do seu mundo. Além disso, a Renascença contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento das navegações, aprimorando e aperfeiçoando conhecimentos técnicos, como os aparelhos de orientação e desenvolvendo as ciências e os estudos que revolucionaram a arte náutica.

5. Religiosos
No terreno religioso,
o movimento expansionista apresentou-se como uma grande Cruzada. O ideal cruzadista, entretanto, deve ser visto como justificativa para a empresa ultramarina, fornecido pela Igreja Católica e pela nobreza feudal, intimamente relacionado à luta contra o mundo muçulmano.

Em função desses fatores, o processo das Grandes Navegações assumiu três orientações mutuamente complementares:

. A exploração mercantil do litoral norte e atlântico da África, iniciada por Portugal no século XV;
. O descobrimento, a conquista e a colonização da América, empreendidos por Portugal e Espanha, basicamente, no século XVI;
. Nesse mesmo século, a formação do Império Português no Oriente, estabelecendo uma nova frente comercial com o Oriente.

Formação das Monarquias Nacionais Modernas (II)


As Monarquias Francesa e Inglesa

A formação da França:
foi bastante lenta, reflexo da Guerra dos Cem Anos que, quando termina, com a vitória francesa, está consolidada a monarquia com a Dinastia dos Valois, seguindo-se a estes os Bourbon.

A formação da Inglaterra: a Inglaterra teve também um lento processo de unificação política, marcado por avanços e recuos, especialmente por causa da Guerra dos Cem Anos contra a França. Ao final desta Guerra, com a Inglaterra derrotada e com o fim da Dinastia Plantageneta, o país se vê em uma outra guerra, desta vez de caráter interno pela posso do trono inglês, entre as famílias Lancaster e York. A chamada Guerra das Duas Rosas teve início em 1455 e terminou em 1485 com a subida dos Tudor ao poder.